11 de set. de 2008
O consumidor ético exigirá cada vez mais marcas sustentáveis
Se, como diz a sabedoria popular, contra fatos não há argumentos, alguns dados recentes contribuem para derrubar as reservas dos céticos do movimento do consumo consciente no mundo.
De acordo com um relatório do Cooperative Bank, o valor dos gastos dos britânicos com produtos verdes cresceu em 81% entre 2006 e 2007. Em 1999, os ingleses desembolsavam £ 9,6 bilhões. Em 2007, as cifras estavam em £ 32,3 bilhões. O mercado norte-americano de produtos ecologicamente corretos está estimado hoje em US$ 227 bilhões. E ele só faz crescer, a despeito da crise econômica que tem incomodado o país no último ano.
Um em cada três italianos e franceses considera a questão ambiental em suas decisões de compra. Um em cada cinco alemães e espanhóis valoriza o fator sustentabilidade na hora de escolher um produto ou uma marca. No Brasil, dois em cada dez brasileiros punem ou premiam empresas segundo os seus compromissos sustentáveis. Mas se utilizada uma amostragem de consumidores de classe A, mais escolarizados, essa proporção cresce, aproximando-se do padrão dos europeus e norte-americanos.
Ainda que tais dados careçam de precisão e comparabilidade, na medida em que decorrem de pesquisas pontuais, eles possibilitam, para o que interessa a este artigo, duas conclusões gerais. A primeira: o "apelo verde", que parecia apenas uma moda politicamente correta, na segunda metade dos anos 1990, transformou-se, com a urgência das mudanças climáticas, em fator determinante no comportamento do novo consumidor deste século 21. A segunda conclusão cabível é que nenhuma empresa com produto voltado para o público final poderá, nos próximos anos, ignorar a variável da sustentabilidade como elemento importante na construção de sua marca, sob pena de perder clientes cada dia menos fiéis em mercados com produtos crescentemente comoditizados.
Fonte: (Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 14)(Ricardo Voltolini - Publisher da revista Idéia Socioambiental e diretor da consultoria Idéia Sustentável. E-mail: ricardo@ideiasustentavel.com.br)
De acordo com um relatório do Cooperative Bank, o valor dos gastos dos britânicos com produtos verdes cresceu em 81% entre 2006 e 2007. Em 1999, os ingleses desembolsavam £ 9,6 bilhões. Em 2007, as cifras estavam em £ 32,3 bilhões. O mercado norte-americano de produtos ecologicamente corretos está estimado hoje em US$ 227 bilhões. E ele só faz crescer, a despeito da crise econômica que tem incomodado o país no último ano.
Um em cada três italianos e franceses considera a questão ambiental em suas decisões de compra. Um em cada cinco alemães e espanhóis valoriza o fator sustentabilidade na hora de escolher um produto ou uma marca. No Brasil, dois em cada dez brasileiros punem ou premiam empresas segundo os seus compromissos sustentáveis. Mas se utilizada uma amostragem de consumidores de classe A, mais escolarizados, essa proporção cresce, aproximando-se do padrão dos europeus e norte-americanos.
Ainda que tais dados careçam de precisão e comparabilidade, na medida em que decorrem de pesquisas pontuais, eles possibilitam, para o que interessa a este artigo, duas conclusões gerais. A primeira: o "apelo verde", que parecia apenas uma moda politicamente correta, na segunda metade dos anos 1990, transformou-se, com a urgência das mudanças climáticas, em fator determinante no comportamento do novo consumidor deste século 21. A segunda conclusão cabível é que nenhuma empresa com produto voltado para o público final poderá, nos próximos anos, ignorar a variável da sustentabilidade como elemento importante na construção de sua marca, sob pena de perder clientes cada dia menos fiéis em mercados com produtos crescentemente comoditizados.
Fonte: (Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 14)(Ricardo Voltolini - Publisher da revista Idéia Socioambiental e diretor da consultoria Idéia Sustentável. E-mail: ricardo@ideiasustentavel.com.br)
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